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Thomaz Henrique e Maria Leopoldina Pinto 

Thomas Henrique nasceu na localidade de Palmeira, perto de Pindotiba, em Orleans, 21, de março de 1903. Filho de Manoel Thomas Henrique e de Serafina Isidoro Bittencourt.

Até a juventude, ficou em Palmeira, trabalhando na roça, junto com os pais.

Ainda na Palmeira, casou com Maria Leopoldina Pinto. Depois que tiveram o seu primeiro filho, Olavo, foi convocado para servir o Exército, em Florianópolis.  Atendendo a convocação, seguiu para a Capital do Estado, onde permaneceu por algum tempo. Quando retornou para casa, disse que iria desertar, não retornando para o cumprimento de sua obrigação. Aconselhado por amigos para que não tomasse esta decisão, para não se tornar um desertor, concordou em retornar para o Exército, desde que sua esposa, Maria, fosse junto. Diante da decisão firme de não se apresentar, Maria, resolveu ir junto, levando o filho Olava, ainda muito pequeno. Não demorou muito tempo, Maria, percebeu que era difícil viver naquela situação, retornou para Palmeira, junto com o filho Olavo. Fizeram a viagem de volta de navio, provavelmente, até Imbituba ou Laguna. Não restou a Thomaz, senão cumprir a sua obrigação como Exército, permanecendo por mais dois anos na Capital.

No retorno do Exército, Thomaz, junto com a família, foi morar no Rio América para poder trabalhar na mina do Rio Carvão. Enquanto permaneceu no Rio América, nasceram os filhos: Nair, João, depois mais conhecido por Jogo, Manoel, que ficou sendo chamado de Nério e José, cujo apelido era Neguinho.

Depois de Rio América, Thomaz teve uma mudança radical de localidade e de atividade. Transferiu-se com a família para a localidade chamada de Banhadinho, na Mãe Luzia, para trabalhar na fábrica de Banha, produto muito comercializado naquela época, principalmente para as cidades importantes, como Rio de Janeiro e São Paulo. Na fábrica, trabalha na fabricação da própria banha e de torresmo.  Como os rendimentos na fábrica de banha não estava sendo suficiente para o sustento da família, depois de 2 a 3 anos de insistência neste emprego, Thomaz resolveu retornar para o trabalho na mina. Conseguiu um emprego na mina da CBCA, na Operária Velha, como fiscal da escolha de carvão. . Como o trabalho não dava para o sustento da casa, mudou-se para a Operária Velha, na mina da CBCA. Esta mudança ocorreu por volta de 1933.

Com mudança do tipo de escolha na mina da Operária Velha, Thomaz teve que ir em busca de novo emprego. Foi quando se mudou para o Bairro São Simão, para trabalhar na mina Casagrande, perto da antiga Mina São Pedro, onde hoje é o campo de futebol do São Simão. Trouxe junto a família para morar em uma casa na Operária da mina. Na mina Casagrande, Thomaz exerceu a função de mineiro por uns dois anos.

Passado  dois anos de trabalho na mina, onde exercia a função de mineiro, Thomaz, comprou um pedaço de terra de Celeste Zilli, perto da escola de madeira que existia na época. Construiu sua casa e passou a morar com toda a família. Esta propriedade é a mesma onde permaneceu pelo resto de seus dias. Atualmente, nela reside a sua filha Nair.

Para poder sustentar a família, já que tinha deixado a mina, Thomaz, colocou uma bodega, onde se vendia de tudo, desde alimento, bebidas e utensílios para a casa – era o que se chamava de secos e molhados. Junto com a bodega colocou uma barbearia, ofício que foi aprendendo aos poucos e que agora, resolveu investir. A bodega durou uns 3 anos, enquanto teve condições de bancar os fiados dos fregueses. Quando não conseguiu mais, fechou a mesma e continuou apenas com a barbearia.

Nesta época, uma coisa dificultava a vida de Thomaz: ele ainda não tinha tempo suficiente como mineiro, para requerer a aposentadoria. Foi quando, através de amigos que tinham ficado no Rio América, conseguiram uma colocação na mina, para que completasse o tempo necessário para se aposentar. Com isto, Thomaz, junto com a esposa Maria, mudaram-se para Rio América, onde permaneceram por 3 anos, até que tivesse alcançado o tempo necessário para requerer a desejada aposentadoria.  Nesta época, os filhos homens já eram casados, mas Nair, que era solteira, permaneceu em São Simão, junto com a irmã menor, Ladir.

A aposentadoria veio no início da década de 40 e com ela, o retorno de Thomaz para sua casa no Bairro São Simão, onde reassumiu o seu ofício de barbeiro. Para completar a renda familiar, prestava serviço nos cortes de eucalipto, que era feitos nas redondezas de São Simão pelos fornecedores de madeira para as minas. Trabalhava sempre por perto da casa, para poder atender os seus clientes na barbearia. Além disso, dedicava-se no cultivo de uma roça que mantinha na propriedade de onde tirava alimentos para o sustento da família.

Por conta do envolvimento que a família tinha com as atividades da Capela de São Simão, quando os padres vinham realizar alguma atividade religiosa na capela e precisasse pernoitar no Bairro, era na casa do Thomaz que eles ficavam. Quando o hóspede era o Padre Estanislau Cizeski, depois de cumprida as obrigações religiosas, ele e Thomaz jogavam triunfo até meia noite. A marcação dos pontos das partidas era sempre feita pela Nair.

Thomaz sempre este envolvido com as questões da comunidade. Fez parte da Sociedade Amigos do Bairro São Simão e chegou a exercer a presidência da Capela do Bairro. Durante o  seu mandato foi iniciada a construção da Capela de material, conforme anotação feita por ele mesmo, em uma cartolina, guardada, até hoje, pela Nair. Conforme se pode atestar na foto abaixo, a construção da Capela de material, em substituição à Capela de madeira, iniciou no dia 19 de setembro de 1963.

Thomaz faleceu com xxx de idade e está sepultado no cemitério do Bairro São Simão.

Maria Leopoldina Pinto

Nasceu em 24 de fevereiro de …… Filha de Ângelo Saturno Demétrio e de Leopoldina Maria Pinto.  Nasceu em Palmeira, perto de Pindotiba, em Orleans.

Quando jovem trabalhou na roça, com os pais. Quando veio morar em São Simão, trabalhou na escolha, na Mina dos Casagrande. Durante muito tempo exerceu a atividade de lavadeira, lavando a roupa de diversas famílias, em sua casa, para completar a renda da família.

Pertenceu ao Apostolado da Oração e ajudava a filha Nair na manutenção da Capela e no cuidado com as toalhas utilizadas nas liturgias. Era tudo bem lavado e engomado. Diariamente, durante muito tempo, foi a responsável para bater o sino da Capela três vezes ao dia:, às 6 horas, às 12 horas e às 18 horas. Não tinha inverno, nem verão, nos horários definidos, Maria batia o sino que anunciava para toda a comunidade os três momentos importantes do dia.

Faleceu em 08 e novembro de 1991.com 87 anos. Esta sepultada no cemitério de São Simão.

Descendência de Thomaz Henrique e Maria Leopoldina Pinto

  1. Olavo, casado com Cenceição Martins. Filhos: Maria de Lourdes, Nerci, Neusa Maria, Adeir, Pedro Paulo, Margarete e Nazarete.
  2. Nair, casada com Oneci Irineu Pereira.
  3. João (Jogo), casado com Líbera Peruchi. Filhos: Devaldir, Maria Albertina, Dejair, Jadir, Nadir, Sandra e Altair.
  4. José (Neguinho), casado com Helena Batista. Filhos: Maria Zeli, Eliane, Devaldir, Jair, Ademir, Nilton e
  5. Manoel (Néio), casado com Pedra Felisardo. Filhos: Maria Aparecida, Maria Marlene, Maria Terezinha, José Carlos, Carlos José, Maria Salete, Rosana e Gisele (adotiva)
  6. Ladir, casada com Antônio Soverá da Silviera. Filhos: Maria de Fátima, Altamir e Solange

Thomaz Henrique

Thomaz Henrique
Dona Maria Henrique na cozinha de sua residência e o fogão econômico

Dona Maria Henrique na cozinha de sua residência e o fogão econômico

 Informações e fotos fornecidas por Nair Henrique

 

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