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Silio Cechinel (Sílvio) e Adele Graça Sartor (Olga) 

O primeiro registro a ser feito é que este casal não era conhecido pelos seus nomes de registro. Silio, sempre foi conhecido por Sílvio e Adele, por Olga.

Silio Cechinel, nasceu em 28 de outubro de 1920, na Linha Cabral, que na época pertencia Urussanga. Filho de Sebastião Cechinel e de Pierina Candioto. A família era composta de 4 irmãos, dois homens e duas mulheres

Até os 21 anos morou com seus pais, trabalhando sempre na lavoura. As culturas principais, que a família se dedicava, eram as de milho, feijão, arroz, café, cana de açúcar, mandioca e criação de porcos e gado. Estes produtos eram para a manutenção da família e o excedente, vendido na região.

Frequentou a escola, no curso primário, em São Simão. Este foi o ensinamento que teve durante a sua vida. A escola era numa casa de madeira, localizada nos fundos da barbearia do seu Tomazinho.

Aos 21 anos foi convocado para servir o Exército Brasileiro, no Rio de Janeiro, durante quatro anos. Nesta época, estava ocorrendo a Segunda Guerra Mundial na Europa. Silvio ia embarcar para a Europa, quando veio a notícia de que a guerra tinha terminado. Com isto, retornou para Criciúma.

Durante o tempo em que estava servindo no Rio de Janeiro, recebeu a notícia do falecimento de seu único irmão: Antônio Cechinel. Esta notícia deixou Silvio muito triste e abalado, mas não teve permissão para vir à Santa Catarina. Este fato sempre o emocionava, quando tinha que falar com alguém, tamanha era a sua amizade com o irmão.

Ainda, durante o tempo que esteve no Exército, foi acometido de caxumba. Como os cuidados eram poucos, teve febre alta, passando muito mal, temendo, inclusive, pela sua vida. Mas, sempre pensava que a sua mãe não poderia perder outro filho, já que só restava ele. Este pensamento foi sua força para ajudar na superação da doença.

Antes de ir para o Exército, conheceu a Adele (Olga) Sartor. Mas, com convocação para servir, cada um seguiu o seu caminho. No retorno, depois de 4 anos no Rio de Janeiro, encontraram-se numa domingueira, na Lina Torrens e a partir dali começaram a namorar. As idas para as domingueiras eram feitas a cavalo, bem como as visita para namorar. Casaram-se depois de um ano de namoro,  na matriz em Cocal do Sul. No dia do casamento chovia muito e os noivos e convidados foram transportados no caminhão do Bepe Casagrande, para o almoço na casa dos pais do noivo, na Linha Cabral. Durante a viagem o caminhão quebrou, tornando casamento ainda mais emocionante.

Silvio e Olga, ficaram morando na casa dos pais de Silvio. Na Linha Cabral nasceram os primeiros quatros filhos do casal (Maria Helena, Maria Carmem, Antônio Fernando e Valdemar Brás). Continuou trabalhando na roça, mas também prestava serviços na olaria do Bepe Casagrande, para poder ter um rendimento a mais. Ainda, morando na Linha Cabral, começou a trabalhar na mina, em São Simão, no Tonin, onde se aposentou como mineiro.

Depois do nascimento dos quatros primeiros filhos, seu pai Sebastião, veio morar em São Simão. Sílvio veio também morar com os pais, junto com os filhos. Nesta casa nasceram mais dois filhos (Aldo João e Maria Lúcia).

Com os rendimentos conseguidos no trabalho da mina, Silvio adquiriu a casa de Antônio Casagrande, esposo de Carmela Benedet Casagrande, ao lado da igreja de São Simão. Nesta moradia nasceram os outros filhos (Maria de Lourdes, Maria da Glória e Ricardo César). E foi a última residência do casal.

Como moravam ao lado a Igreja, se dedicaram a cuidar da capela. Uma das atividades que sempre exerceu foi a de batedor de sino. Na época o sino tinha uma importância muito grande na comunidade, pois indicava o início das missas, falecimentos e as horas – todos os dias batia o sino às 6 horas da manhã, ao meio dia e às 18 horas. Na noite de Natal e na virada do ano, o sino era batido à meia noite. Os filhos mais velhos, por influência do pai, também aprenderam a bater o sino. Até os 80 anos exerceu este ofício.

Aos 40 anos foi diagnóstico que estava com enfisema pulmonar. Passou por várias crises, inclusive, por momentos críticos. Mesmo com esta doença, sempre foi fumante até o final da sua vida.

Ainda quando morava com os pais, fazia parte da diretoria do butico e da coordenação da capela. Esta atividade foi exercida por mais de 40 anos. No butico, revezava com os outros diretores, a abertura do mesmo, aos sábados à tarde e aos domingos.

Silvio sempre foi atuante na busca das soluções para as necessidades do bairro. Uma destas necessidades que se envolveu, junto com outras pessoas, foi na construção do cemitério do Bairro São Simão, já que o cemitério do centro tinha sido desativado e transferido para o Bairro São Luiz.

A capela de São Simão era de madeira e precisava ser substituída. Sílvio foi uma das pessoas que atuou firmemente na construção da nova capela de material. Como moravam ao lado da igreja, tanto Silvio, como a Olga, recebiam os padres que vinham rezar a missa. No tempo das missões, hospedavam os missionários em sua casa.

Adele Sartor, nasceu no dia 10 de outubro de 1923, Linha Torrens. Filha de João De Bona Sartor e Elisa Búrigo.

Embora o nome de batismo seja Adele Sartor, sempre foi conhecida por Olga. Até mesmo os parentes mais próximos desconheciam o seu nome verdadeiro.  O nome Olga surgiu quando ela foi trabalhar na casa da sua tia Chiquinha, em Urussanga. A mãe de Adele tinha tido uma menina chamada Olga, que havia falecida ainda muito pequena. A sua tia Chiquinha passou a chamar de Olga, talvez em homenagem à menina. E este nome ficou para sempre.

Quando jovem, trabalhou alguns anos na casa da Dona Chiquinha Búrigo, sua tia. Depois que casou com Silvio, passou a cuidar apenas do próprio lar e dos filhos.

Olga gostava muito de costurar, bordar e fazer crochê para atender as necessidades da casa e da família.

Dedicou-se muito a cuidar da capela do bairro. A sua dedicação era grande e isto lhe dava muita satisfação. Passava quase o dia todo na capela. Fazia a manutenção, a limpeza e, principalmente, gostava de decorar a igreja para as missas e festas. Nestas atividades, sempre contava com a colaboração das filhas. Foi a primeira ministra da Eucaristia, junto com seu Otávio Dassoler.

Desde que começou o Clube de Mães no bairro, se fez presente e sempre participou das atividades e das viagens. Frequentou o Clube de Mães até uns dois meses antes do seu falecimento.

(Informações e foto fornecidas pela filha Maria Carmem)

DESCENDÊNCIA DE SILIO CECHINEL E ADELE GRAÇA SARTOR (Silvio e Olga)

  1. MARIA HELENA, viúva de Zeferino Peruchi. Filhos: Alexandre e Renato. Viúva, em segundo casamento de Juca Pinto.
  2. MARIA CARMEM, viúva de Archangelo De Noni. Filho: Fabrício
  3. ANTÔNIO FERNANDO, casado com Edna Constante. Filhos: Mateus, Cíntia e Silvana
  4. VALDEMAR BRÁS, falecido quando criança
  5. ALDO JOÃO, casado com Eliete Crepaldi. Filhos: Charles, Greice e Jéssica
  6. MARIA DE LOURDES, casada com Luiz da Silva. Filhos: Fernanda e Bruna
  7. MARIA LÚCIA, casada com Ivanor dos Santos. Filhos: André e Diogo
  8. MARIA DA GLÓRIA, casada com Altenir Brunel. Filhos: Maria Clara e João Pedro
  9. RICARDO CÉSAR, casada com Adriana Cardoso. Filho: Tiago

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