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Hercelino Fontana e Ana Teixeira Nunes Fontana 

Hercelino, nasceu no dia 08 de agosto de 1935, em São Simão. Filho de Pacífico Fontana e de Rosina Dassoler.

Estudou até a quarta série na Escola do Bairro São Simão, tendo como uma das professoras a Dona Carmela Benedet Casagrande. Uma das lembranças do tempo de escola era que a professora mandava limpar o pátio da escola, tirando os matinhos. Este serviço era feito com as mãos. Depois do recreio, quando entravam na sala de aula ela fazia a revistas nas mãos, pedindo que colocassem as mãos em cima da carteira. Ao ver que as mãos não estavam limpas, o aluno recebia como castigo uma reguada. Outra coisa que ele recorda é que os próprios alunos levavam varas de cotia, para a professora usar como apontador no quadro de giz. Muitas vezes, entretanto, a professora usava esta vara para castigar os alunos. Mas, disse não guardar nenhum ressentimento em relação às professoras. Entende que era a forma de educar daquela época.

Com 9 anos começou a trabalhar na roça com os pais no terreno que ficava na Mina do Tonin. O terreno compreendia toda a encosta do Morro Cechinel, indo da Mina do Tonin até as torres da televisão. Neste terreno cultiva-se, principalmente,  mandioca e milho.

Outra atividade exercida por Hercelino, era o trabalho na serraria, de propriedade de seu pai em sociedade com o irmão. O trabalho consistia no corte da madeira no mato, no transporte das toras em carretões, puxados por carros de bois e o beneficiamento das toras.  A serraria ficava nos fundos do atual Clube Mampituba.

Pacífico, pai de Hercelino, tinha um dos primeiros engenhos de farinha da região. O funcionamento do engenho era garantido pela família. Para o Hercelino, assim como para os irmãos, era um trabalho puxado. As atividades começavam às 4 horas da madrugada, estendendo-se até às 20 horas. No engenho, produzia-se farinha e polvilho. A produção era usada no sustento da família, mas grande parte era vendida na região.

Com 21 anos, o desejo era ir trabalha na mina, uma das aspirações de muitos jovens quando atingiam esta idade. Num casamento, encontrou com Otávio Fontana, seu primo, que perguntou se gostaria de trabalhar na mina. Era o que Hercelino queria. Conversou com o pai, porque seria um braço a menos na lavoura, mas obteve a concordância para trabalhar na mina. No primeiro exame do pulmão para o fichamento, foi reprovado porque apareceram umas manchas. O Otávio disse para o Hercelino esperar uns 6 meses até melhorar. Depois deste período, fez novo exame e, desta vez, foi aprovado, começando a trabalhar na Mineração São Simão.

Durante o período em que trabalhou na mina, Hercelino, como muitos mineiros, mantinha uma lavoura em sua propriedade, onde plantava feijão, milho, arroz e cuidava do gado. Esta produção era toda para consumo da família.

O fato que mais o marcou durante a atividade na mina foi o acidente com seu irmão, Aldoir. Foi um acidente fatal, que o levou a óbito. Pensou em desistir do emprego de mineiro, entretanto, tanto o seu pai, como seu primo, Otávio, o incentivaram a continuar. Com este apoio, retornou ao trabalho na mina, até se aposentar, depois de 17 anos de atividade.

Já aposentado, Hercelino exerceu algumas atividades, já que ficar parado não era seu perfil. Além disso, a renda da família precisava ser complementada com os rendimentos da aposentadoria. Desta forma, trabalhou como motorista durante 2 anos na empresa Alcino Zanatta, fazendo a entrega de mercadorias. Por mais 2 anos, foi encarregado do pessoal da manutenção do Clube Mampituda, sede campestre, situado em frente a sua propriedade. Alías, o terreno onde está situado o clube era de propriedade do seu pai. Por último, trabalhou  na Mineração Nossa Senhora do Carmo, em Estação Cocal, também como motorista.

Por volta de 1985, resolveu vender a propriedade em São Simão e comprou uma residência no Bairro São Luiz, também em Criciúma. Com o restante da venda das terras, comprou uma casa para cada filho. Cinco filhos, cinco casas. A preocupação do casal Hercelino e Ana, era de dar uma condição melhor para os filhos.

Em 2003, conciliando uma orientação médica, que havia dito que o clima da praia era melhor para o estado de saúde da esposa, Ana, com a seu prazer de pescar, passou a morar, definitivamente, na praia de Esplanada. Além de praticar o seu lazer na pescaria, começou a praticar uma atividade mais leve, para a sua idade: cuidar das casas e dos terrenos dos veranistas. Atualmente, continua morando na praia, cuidando de 26 propriedades, principalmente, no corte de grama.

Na juventude, nos finais de semana, gostava de participar de bailes, principalmente em Cocal e São Simão. Os bailes eram as conhecidas domingueiras. Em São Simão, frequentava as domingueiras que eram realizadas no salão do Salvato Bitencourt. Frequentemente, nestas domingueiras ia acompanhado das moças que moravam perto da sua residência.

Aos 16 anos, quando assistia uma missa em Cocal, na porta da igreja, viu uma moça pela primeira vez, que chamou a sua atenção. Ela saiu da igreja pra ir buscar um lenço, já que naquela época as mulheres tinham que para entrar na igreja com a cabeça coberta por um. No final da missa foi ao encontro dela e, a partir desta data, começaram a se encontrar. Hercelino recorda que este domingo era um 16 de maio. Namoraram por 7 anos, quando se casaram em Cocal do Sul. Depois de casado, ficou morando com os pais, até fazer a sua casa num terreno doado pelo pai.

Em São Simão participou da vida da comunidade exercendo o cargo de presidente da diretoria da Capela, durante um mandato de 2 anos.

Ana, nasceu no dia 15 de janeiro de 1936, em Cocal do Sul. Era filha de João Teixeira Nunes e de Lina Búrigo Texeira Nunes. Frequentou a escola Pe. Schuller, em Cocal, até quarta série.

Depois de casada dedicou-se aos cuidados da casa e dos filhos. Entretanto, mesmo assim, auxiliava o Hercelino na lavoura de propriedade da família. Ana sempre costurou as roupas da família. Tinha muita habilidade com crochê, fazendo tapetes e pinturas em toalhas de louça. Esta atividade auxiliava na renda família.

Ana enfrentou, durante muito tempo, problemas de saúde, principalmente com a diabetes, mas foi o câncer, que a acompanhou durante os últimos 14 anos de sua vida, que a levou a óbito, em 2009.

DESCENDÊNCIA DE HERCELINO FONTANA E ANA TEIXEIRA NUNES FONTANA

  1. Anselma, casada com Rubens Mendes (divorciados). Filha: Mara Rúbia Fontana Mendes. Em segundo casamento, com Valmirei Brognoli Martins. Filho: Maciel;
  2. Margarete, casada com Rosemar da Rocha. Filho: Alan;
  3. Tânia Regina, casada com Francisco Zeferino (divorciados). Filhos: Reginaldo, Daiane e Tamires. Em segundo casamento, com Gregório;
  4. Juarez Hercelino, casado com Marizete Mafei. Filhos: Dagmara, Daniela e Danila;
  5. Ramires Hercelino, casado com Andreia Peruchi. Filhos: Gabriela e Gabriel.

(Informações e fotos fornecidas por Hercelino Fontana)

Hercelino e Ana com a família

Hercelino e Ana, na casa da Praia de Esplanada

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